Calor recorde: Entenda as causas e os impactos no Brasil e no mundo

MEIO AMBIENTE

  Embora estejamos no inverno, o Brasil enfrenta temperaturas surpreendentemente altas, com termômetros marcando até 40°C em várias regiões. Este fenômeno, no entanto, não é exclusivo do Brasil. O mundo todo tem registrado níveis recordes de calor, levantando questões sobre suas causas e impactos.

A onda de calor no Brasil

      No território brasileiro, o calor extremo é causado por uma massa de ar quente associada a um bloqueio atmosférico, que impede a chegada de frentes frias. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), foi emitido um alerta laranja para diversas áreas, indicando temperaturas 5°C acima da média histórica por pelo menos três dias consecutivos.

    Regiões como Maranhão, Piauí, Tocantins, Bahia, Goiás, Minas Gerais e Brasília são as mais afetadas, enfrentando riscos de incêndios florestais e problemas de saúde. O calor extremo também está deslocando massas de ar quente para o Sul e Sudeste, intensificando a sensação de secura e a presença de poeira em áreas urbanas.

    Até a floresta amazônica, conhecida por sua umidade natural, tem registrado temperaturas acima de 40°C. Este cenário atípico ressalta a gravidade da crise climática e seus efeitos no meio ambiente e na saúde pública.

O cenário global

      No hemisfério norte, o mês de julho foi um dos mais quentes da história. Países como Estados Unidos, Europa e Ásia enfrentaram ondas de calor recorde, incêndios florestais e impactos significativos na saúde das populações. Alertas de calor extremo foram emitidos, reforçando a importância de medidas preventivas como hidratação constante e o uso de ar-condicionado.

Causas do calor extremo

      Entre os fatores responsáveis pelo aumento das temperaturas estão:

  1. Mudanças Climáticas: A emissão de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, tem acelerado o aquecimento global, afetando o equilíbrio climático do planeta.

  2. El Niño: Este fenômeno natural aquece as águas do Oceano Pacífico, elevando as temperaturas globais. Em 2023, espera-se que o El Niño atinja seu ápice em dezembro. No Brasil, ele já contribuiu para intensos temporais no Rio Grande do Sul.

  3. Camada de Ozônio: O enfraquecimento dessa barreira vital aumenta a exposição à radiação ultravioleta, potencializando os efeitos do calor.

Como se proteger do calor intenso

      Diante dessas condições extremas, algumas medidas podem ajudar a minimizar os impactos do calor:

  • Beba bastante água para manter-se hidratado.

  • Evite exposição ao sol nos horários mais quentes.

  • Use protetor solar para proteger a pele.

  • Prefira roupas leves e claras.

  • Mantenha os ambientes ventilados.

  • Consuma alimentos leves, como frutas e vegetais.

Reflexão e ação

   A crise climática exige ações urgentes para reduzir emissões de gases de efeito estufa e mitigar seus efeitos no meio ambiente e na saúde pública. Além disso, entender a influência de fenômenos como o El Niño e o papel da camada de ozônio nos alerta sobre a necessidade de esforços globais e individuais.

   O calor extremo que vivemos é mais do que um desconforto temporário. É um chamado à ação para proteger nosso planeta e nosso futuro.